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A onda do cashback na era dos aplicativos

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O cashback parece uma prática que vemos por todos os lados atualmente: em compras online, postos de gasolina, e até em aplicativos próprios que reúnem a vantagem para compras em diversas marcas. Isso tem acontecido porque o sistema se provou eficaz para atrair consumidores de todos os tipos para diferentes serviços. 

“Para o lojista, o cashback é um programa de fidelidade. Ou seja, ao invés dos cartões de visita com carimbos para cada compra, hoje temos essa vantagem diretamente no bolso do consumidor. Na era do PIX e dos aplicativos, essa relação precisava vir para o digital também”, explica Thiarles Prado, CEO da CashLocal, startup acelerada pelo InovAtiva Brasil no ciclo 2020.1. Para o empresário, o cashback configura o poder de decisão para o consumidor, que pode utilizar o retorno financeiro como bem entender. 

A CashLocal se entende como um hub de soluções focadas em fomentar a economia local. Ela nasceu do problema do comércio eletrônico substituir os comerciantes locais e centralizar toda a renda nas grandes marcas e e-commerces. Por isso, vinda de Pato Branco, uma cidade de 80 mil habitantes no Paraná, a startup se esforça para beneficiar pequenos lojistas e incentivar o consumo local. Para isso, seu “carro chefe” é o programa de fidelidade no modelo de cashback, mas também ampliaram para serviços como adiantamento salarial, vale-alimentação, vitrine virtual dos produtos e campanhas digitais. 

Cashback em troca de deslocamento sustentável

Mas o cashback não pode ser usado somente por meio de retorno de compras. A Ecomilhas, startup de impacto socioambiental, acelerada pelo InovAtiva em 2021, teve a iniciativa de oferecer o benefício em troca de deslocamento sustentável. 

“As empresas são responsáveis pela pegada de carbono produzida pelo deslocamento de seus colaboradores. Durante a pandemia, o número de entregas por serviços de delivery aumentou muito e tem a tendência de permanecer alta. Os entregadores não moram nas regiões com maior concentração de pedidos, então percorrem grandes distâncias todos os dias”, diz o Lucas Nicoleti, CEO da startup. Portanto, os usuários do Ecomilhas são recompensados quando utilizam transporte público, bicicletas ou andam a pé. 

O usuário inicia o processo submetendo seu percurso sustentável dentro do aplicativo da Ecomilhas. Com o tempo e o volume de deslocamento, ele acumula as criptomoedas dentro do app. Para validar e prever fraudes, ele funciona com Inteligência Artificial, que confere algoritmos de velocidade, tempo, distância e via. Depois disso, é possível resgatar benefícios dentro do nosso aplicativo, por produtos e serviços e até converter o saldo em dinheiro.

“Seguimos um padrão americano de urbanização, no qual o centro reúne as oportunidades comerciais e a maior parcela da população está na periferia. Como não podemos reconstruir a cidade do zero, queremos promover a mudança de padrões de micromobilidade. É possível deixar o carro em casa e usar o transporte coletivo e depois usar a bicicleta para se locomover entre bairros próximos. Muito precisa ser desenvolvido nas estratégias de mobilidade urbana, contudo é essencial que esse trabalho seja feito para aumentar a qualidade de vida e nosso impacto ambiental”, finaliza o empreendedor.  

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