O artigo deste mês é um conteúdo realizado em colaboração com a Anjos do Brasil, nosso parceiro Institucional e de Benefícios. A organização participa ativamente das ações do hub InovAtiva, apoiando startups em fases decisivas de desenvolvimento — incluindo sua presença nas bancas de avaliação e no Demoday do InovAtiva Experience.
Nesta edição, trazemos reflexões sobre um tema cada vez mais relevante para startups em crescimento: o Corporate Venture Capital (CVC) — uma vertente do capital de risco em que empresas investem diretamente em startups, buscando não apenas retorno financeiro, mas também acesso a inovação, tecnologias emergentes e novos modelos de negócio.
O que é CVC e por que startups devem entender essa dinâmica?
Diferente de um fundo tradicional de Venture Capital, que visa maximizar o retorno para seus cotistas, um CVC nasce dentro de uma corporação e tem metas que vão além do ROI direto. O objetivo muitas vezes está relacionado à estratégia de longo prazo da empresa-mãe, como antecipar tendências, fortalecer sua cadeia de valor ou acessar novos mercados.
Para as startups, esse tipo de investimento pode representar muito mais do que capital. Pode abrir portas para parcerias comerciais, acesso a clientes, mentoria técnica e até mesmo a possibilidade de aquisição futura. Mas também exige atenção: é fundamental garantir alinhamento de expectativas, objetivos e autonomia.
O desafio da aproximação
Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a maior dor dos CVCs no Brasil ainda é a originação de boas oportunidades de investimento. Muitas startups não veem as corporações como a primeira opção de captação — seja pela percepção de que são mais burocráticas, seja por falta de familiaridade com esse tipo de estrutura.
Outro dado revelador: 80% dos investimentos realizados por CVCs são originados por conexões com outros agentes do ecossistema, como aceleradoras, investidores-anjo e fundos independentes. Isso mostra que estar inserido em ambientes de inovação, como o InovAtiva, e construir relacionamento com players estratégicos, como a Anjos do Brasil, é uma ponte importante para acessar esse tipo de capital.
Conexões que fortalecem
No universo das startups, reputação e confiança se constroem com tempo, presença e entrega. Como destaca Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, o relacionamento entre startups e corporações precisa ser cultivado intencionalmente. Mesmo grandes marcas são vistas como “entrantes” quando começam a atuar nesse ecossistema.
Por isso, o papel de redes como a Anjos do Brasil e de programas como o InovAtiva é fundamental para aproximar os lados. Ambos promovem espaços de conexão e articulação entre empreendedores, investidores e organizações que acreditam no potencial da inovação colaborativa.
Visões que inspiram o ecossistema
O debate sobre CVC e investimento estratégico ganha ainda mais relevância com os exemplos concretos existentes no Brasil e no mundo:
- O SoftBank, com mais de US$ 100 bilhões sob gestão, se destaca por antecipar movimentos globais e investir em empresas que redesenham mercados.
- A TPG, com um fundo de US$ 10 bilhões focado em Climatechs, reforça a importância de alinhar investimento e sustentabilidade.
- No Brasil, empresas como ArcelorMittal e Vibra Energia vêm estruturando áreas de CVC para se conectar com startups e acelerar sua agenda de inovação.
- A Softplan tem feito aquisições estratégicas de startups, fortalecendo seu posicionamento no setor de tecnologia e agregando novas soluções ao seu portfólio.
A Anjos do Brasil tem o propósito de fortalecer a cadeia de investimentos em startups e assim realizará o Startup Investment Summit (SIS) — evento cuja programação inclui referências nacionais e internacionais que mostram como o capital está sendo direcionado de forma estratégica e alinhada a grandes transições econômicas. O SIS acontece no dia 26 de agosto, em Florianópolis.
👉 Saiba mais e inscreva-se: www.startupinvestmentsummit.com.br
E logo depois, no dia 31 de agosto, participe das bancas de Demoday do InovAtiva Experience — uma oportunidade única para apoiar startups em destaque, gerar conexões estratégicas e abrir portas para novos negócios.
👉 Inscreva-se: hub.inovativa.online/experience-2025-captacao-de-investidores-e-mentores
Essas experiências e oportunidades ajudam a ilustrar caminhos para startups que buscam crescer em parceria com grandes corporações — e mostram que o investimento certo pode ser também uma via de aprendizado, tração e expansão.
Sobre o autor
Cassio Spina é fundador e presidente da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que fomenta o investimento anjo e o empreendedorismo inovador. Engenheiro eletrônico com mais de 25 anos de experiência como empreendedor na área de tecnologia, atua como advisor em Corporate Venture, M&A e governança para startups. É autor de livros sobre investimento e membro ativo de comitês estratégicos de inovação no Brasil.
Contato: linktr.ee/CassioSpina
