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Paternidade empreendedora: conheça pais bem sucedidos no mundo dos negócios e como eles inspiram seus filhos para o empreendedorismo

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Imagem de um pai vestido de super herói com sua filha

Empreender é um ato que requer inspiração, coragem e resiliência. Assim como a paternidade. A decisão de formar uma família e ser responsável pela criação de outro ser humano é desafiadora, mas enriquecedora em diversos sentidos. 

A vida de startupeiro faz com que os princípios de levar uma ideia para o mercado sejam absorvidos intrinsecamente na sua personalidade e, consequentemente, na forma de educar seus filhos.

Conheça alguns exemplos de pais empreendedores que transmitem seu conhecimento do mundo dos negócios para casa:

Leo Gmeiner

Leo Gmeiner, fundador e CBO da School Guardian, app que funciona para aprimorar a segurança de estudantes nas escolas, pais e funcionários, foi pai aos 17 anos. “Não foi planejado, nem simples pela idade e responsabilidade, mas foi muito bom e me fez amadurecer rápido”, afirma. Hoje, já é pai de três filhos: Nathally, 29; Jorge, 18; e João Pedro, 16. 

A paternidade foi a inspiração direta para a criação de sua startup. “Fui buscar os meninos na escola um dia e esse processo, que já costumava demorar vinte minutos, demorou quarenta. Decidi que era hora de criar uma solução para acelerar e deixar mais segura a saída dos estudantes.” A solução passou pela aceleração do InovAtiva Brasil em 2018, onde puderam, a partir das mentorias, afinar a modelagem da oferta.

Mas, a mentalidade empreendedora faz parte do dia a dia familiar. “Para pedir um videogame novo, eles tinham de preparar um pitch explicando como eles e a família se beneficiaram com aquilo. Em alguns casos, fizeram até apresentação de slides para ajudar na ‘venda'”, comenta Leo.

Aos 10 anos, seu filho do meio, Jorge, idealizou um negócio, fez o Business Model Canvas enquanto Leo trabalhava e o apresentou para Leo. “Estava muito bem feito, na verdade. Isso rendeu até mentoria no Sebrae e algumas notícias. A princípio, se animou em avançar com a ideia, mas achamos (ele, minha esposa, e eu) que era muito cedo e que ele tinha de ser criança, e deixamos de lado”, explica o empreendedor.

Fabiano Nagamatsu

Mentor Alumni do Hub InovAtiva desde sua fundação em 2013, Fabiano Nagamatsu é pai da Lívia, de 5 anos. “Sempre sonhei em ser pai e, independentemente de trabalho ou situação financeira, não quero ser um pai distante. Minha maior alegria é saber que tenho uma pessoinha me esperando no fim do dia. Que sou responsável pela formação do caráter de alguém.”

Lívia é inteligente e muito interessada no trabalho do pai. Costuma acompanhá-lo em reuniões e perguntar sobre startups que ele mentora. “Não forçamos a educação sobre questões profissionais, porque acreditamos que tudo tem seu tempo. Mas, o ambiente onde ela está inserida a influencia o tempo todo. Um dia, quando cheguei em casa, ela estava falando de startup! Sabe como é criança, absorve tudo”, comenta o mentor. 

A fim de chamar a atenção do pai após um dia cansativo de trabalho, Lívia construiu  no quarto uma banca com várias bonecas e brinquedos, chamada “Tutti Fruti”. Deu notas de dinheiro que imprimiu da internet para o pai e pediu para que fizesse compras na sua nova loja. “Desejo que ela seja uma empreendedora no que ela quiser, desde que seja feliz. O comportamento empreendedor muda a história das pessoas. Quero que ela escreva uma linda história com a assinatura dela”, diz Nagamatsu.

Anderson Diehl

Pai da Ninna (13) e da Liz (9), Anderson Diehl é mentor de negócios do InovAtiva Brasil e fundador do Angel Investor Club e do Founders Club. “Antes de ter filhos, vivia a vida exclusivamente para mim, hoje vivo a vida por elas”, diz. Anderson compartilha que perdeu sua mãe aos 3 anos e aos 17 já morava sozinho. “Minha convivência familiar passou a ser na casa das minhas namoradas, sempre sonhei em ter  a minha própria família”, diz. 

Segundo o mentor, suas filhas ainda são muito novas para se interessar de fato pelo seu trabalho, mas ele garante que recheia experiências com aprendizados empreendedores. A resiliência e a resolução de problemas de forma autônoma estão presentes no dia a dia. “As inspiro a resolver problemas antes de pedir ajuda e a levantar sozinhas quando caem. Adoro resolver problemas complexos, temos uma máxima lá em casa: papai resolve tudo. Até explico que não é tudo, mas quando empregamos esforço em resolver algo, 99% das vezes logramos êxito se não desistimos.”

Anderson sonha que elas sejam felizes em suas escolhas. “Não gosto de sonhar pelos outros. Acho que o livre arbítrio é algo a ser exercido por excelência.” Para ele, sua missão é educá-las e prepará-las para o mundo.

Wlado Teixeira

Mentor de negócios no InovAtiva Brasil, Wlado Teixeira é pai de duas filhas crescidas: Giselle (32) e Débora (29). “O medo da responsabilidade me fazia não pensar em ter filhos, mas no momento que minha primeira filha nasceu, decidi que deixaria a vida de trabalho frenético que vivia anteriormente para poder acompanhar seu desenvolvimento. A partir daí, minha relação de amor e companheirismo com minhas filhas mudou minha vida”, compartilha o empreendedor. 

Foi empreendedor de uma fintech de terceirização de crédito imobiliário para bancos que trabalhava com grandes clientes, como Itaú, Banco do Brasil e Bradesco, e foi vendida em 2007 para a multinacional Accenture. Suas filhas acompanharam o alvoroço do momento. 

“Quando elas eram crianças, elas me viam sair todos os dias com a mochila nas costas para ir treinar na academia e depois ir ao escritório. Às vezes, me acompanhavam no trabalho e observavam o quanto me esforçava. Hoje, a garra que ambas demonstram em sua vida profissional é fantástica. A Giselle, de vez em quando, comenta algumas alternativas para sanar dores no seu cotidiano profissional. Só o tempo dirá, mas é possível que ela empreenda no futuro.”

Diante dessas experiências, vale a reflexão de como os negócios têm impactado nossas vidas pessoas, além de o que poderemos esperar do futuro do empreendedorismo no Brasil. As relações pessoais nos tornam profissionais melhores e mais empáticos, assim como o acesso das crianças ao mundo dos negócios podem tornar o ecossistema futuro mais maduro e com um potencial ainda maior.

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